quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A água não vai acabar

Aos profetas do caos, tenho uma notícia que pode deixá-los desapontados, mas que, em certo sentido, é boa.

A ÁGUA NÃO VAI ACABAR!
Diferentemente do Petróleo, recurso mineral não renovável, a água é um elemento que não se perde (em termos).

Bem, não sou nenhum especialista no assunto. Sou da área de humanas e sempre fui fraco em Física (Química nem tanto), mas uma coisa que me lembro, lá dos tempos do Primário, é do ciclo da água. Lembram?


A chuva chove [mentira, isso é redundância e, segundo o profº Fatigas, só o Jorge Ben pode chover a chuva], a água fica na terra, depois evapora com o calor e, por conseguinte, as moléculas se juntam formando nuvens que, por fim, resultam em chuva novamente. Portanto, por ser um elemento de fonte renovável, a água não vai acabar.

O Brasil sempre foi um país riquíssimo em recursos hídricos. Diziam até que tornaria-se o novo EAU, mas, em vez de petróleo, a água seria o bem de valor. Acontece que, com a certeza deste futuro, nossa Administração Pública sempre escanteou o assunto. Digo muito que a situação na Região Metropolitana de São Paulo está caótica hoje em função da campanha de reeleição do governador Geraldo Alckmin, em 2014. Bem; é também. Mas a questão é muito mais ampla.

Como disse, a água é um elemento que não se perde, no entanto, devido a alguns fatores, torna-se imprópria para o consumo social. Segundo levantamento realizado em 2012 pelo instituto Trata Brasil, somente 41,32% do esgoto das 100 maiores cidades do país é tratado. A taxa para todo o território nacional é ainda menor, tratando apenas 38,70% de seus esgotos.

Esse é um exemplo de como o governo é leviano na administração da água. Na maioria dos casos, esses esgotos desembocam em rios de nascentes limpas, como no maior rio do estado de São Paulo, o Tietê. Assim, a perda desse recurso torna-se ainda maior. A culpabilização da população para o desperdício de água é apenas mais uma manobra do poder público para esconder sua displicência histórica ao assunto. Resta saber até quanto eles terão condições de lavar suas mãos para o problema.

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