segunda-feira, 17 de março de 2014

Mais que cidadão, um agente social e seu papel

É 2014, ano de eleições no país. Ano da Copa do Mundo de futebol e, haja vista as mobilizações de 2013, ano de protestos e reivindicações populares. Mas, qual o papel  de cada um, nisso tudo o que está acontecendo? A resposta: depende de quem você é!

Depende de quem você é porque a maneira que você age cotidianamente determina quem você é perante a sociedade. Mais do que isso. Seu status social é determinante para definir quem você é. Para complicar mais um pouco, ouso dizer que você pode ser mais do que uma coisa e ter mais de um papel nas diversas atividades, políticas ou não, do cotidiano. Aliás, isso é o mais comum.

A princípio, é preciso dizer que todo cidadão é um agente social, seja na escola, na faculdade, no condomínio, na igreja, no boteco, ou na fila da padaria. O ser cidadão não diz respeito apenas a exercer o direito ao voto em um escrutínio de qualquer natureza.  O cidadão é cidadão porque vive em uma cidade, o que podemos entender também por viver em comunidade com outros, aquilo que chamamos de sociedade. Logo, aquele que vive na sociedade é um agente social, pois relaciona-se com seus pares dessa sociedade.

Se todos somos agentes sociais, então meu papel na sociedade é o mesmo de qualquer outro? Não. Há uma coisa chamada posição social, ou status social, que é o mesmo que um rótulo que você recebe por ser aquilo que você é. Por exemplo, dentro de uma casa, os pais possuem uma posição social de maior relevância que as crianças, portanto, aquilo que eles fazem ou dizem possui maior relevância que o mesmo feito pelos menores. Assim como dentro de uma casa, na cidade, os diversos agentes sociais possuem seus status.

Mas o que isso interfere nos eventos citados acima? Respondo com a frase que mais me marcou durante o curso de Ciência Política do professor doutor Clóvis de Barros Filho, da USP, que assisti pelo portal Veduca: "A posição social do interlocutor garante a legitimidade do seu discurso."

E o que isso quer dizer? Isso significa que eu não posso dizer que a engenharia do Empire State, em Nova Iorque, foi mal feita e que, portanto, em três meses esse prédio irá desabar. Na verdade, dizer eu até posso, mas como eu não sou um especialista em engenharia, minha posição social não me garante legitimidade para esse tipo de discurso, ou seja, ninguém vai dar credito ao que eu disser sobre o assunto. Agora, caso um especialista em Engenharia Civil determinar tal condição, teremos mais um colapso na Big Apple, pois seu discurso será levado em conta. A posição social de um engenheiro garante a ele legitimidade de discursar sobre uma falha em determinado projeto de engenharia. Eu como não sei nada de engenharia, seria tachado como louco. Simples assim.

Nesse sentido, ao dizer que seu papel nos eventos que acontecerão no país em 2014 depende de quem você é, quero dizer que a sua posição social irá determinar a relevância de suas ações sociais. Mas, como disse, o mais comum é que tenhamos mais de uma posição social. Isso, porque relacionamo-nos com mais de um grupo social, e em cada um deles temos uma posição. Na escola, você é aluno, e sua posição social é assim determinada. Na roda de amigos sua posição social é outra, no ambiente de trabalho; outra. E assim por diante. Em cada uma você exerce determinado tipo de influência e é influenciado de diversas maneiras.

Mas porque resolvi escrever sobre isso, neste momento? Exatamente em função da razão pela qual voltei a escrever neste blog: a oportunidade de ter meu trabalho apreciado por uma maior audiência. Como disse no último post, voltar a escrever neste blog significa tentar de novo, significa ampliar os horizontes e as oportunidades de novas experiências. Dessa forma, atingirei, também, uma nova posição social. Pelo menos entre meus leitores.

Até mais.

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